CARTA AOS PAIS
Não podes viver a esmo, Numa estrada indefinida. Um pai tem obrigações Das mais nobres que há na vida.
Meu irmão, em tua casa, Nas ternuras dos filhinhos, Personifica o bom senso Entre os beijos e os carinhos.
Por enquanto, a Terra inteira Inda é um mar encapelado. Se não dominas a onda Virás a ser dominado.
Entende a luz do caminho. A tua finalidade Não é somente a da espécie Nas lutas da humanidade.
Exige-se muito mais Dos teus esforços no mundo, Recebeste de Jesus Um dom sagrado e profundo.
Se a missão das mães terrestres É conduzir e ensinar, O teu trabalho é de agir. No esforço de transformar.
Não olvides teus deveres Na esfera da educação, Fazendo de tua casa A escola de redenção.
Um pai que deixa os filhinhos Abandonados ao léu Não corresponde no mundo À confiança do céu.
Cuida bem dos pequeninos. A educação tem segredos Que devem ser estudados Desde os tempos dos brinquedos.
A tua função no lar Não é somente prover, Mas adotar providências, Procurando esclarecer.
Ensina os teus a gastar. Quem vive muito à vontade Pode encontrar a miséria No fim da ociosidade.
Gastar somente o que é justo É ser prudente e cristão. Quem gasta o que não é seu Faz dívidas de aflição.
Luta sempre, mas se os teus Não te seguirem os trilhos, Esperemos nesse Pai De que todos somos filhos.
Na pobreza ou na fortuna, Esforça-te, meu amigo. Exemplifica o trabalho E Deus estará contigo. Pelo Espírito Casimiro Cunha Psicografia de Chico Xavier |